terça-feira, 11 de novembro de 2014

Produção de Papel e reciclagem no Brasil e no Mundo

A indústria de papel e celulose apresentou um bom desempenho no período de 1980/95, fundamentado basicamente no comércio internacional, uma vez que o consumo aparente do país foi incapaz de absorver todo o crescimento verificado na produção. A produção nacional de celulose e papel elevou-se de 2,87/3,36 milhões de toneladas em 1980, para 5,44/5,85 milhões de toneladas, em 1995, respectivamente. Em 2007, o país produziu 9,0 milhões de toneladas de papel e 12 milhões de toneladas de celulose. Esses números posicionam o país como o sexto maior produtor mundial de celulose e o 12° maior produtor mundial de papel (BRACELPA,2009).



Reciclagem de papel e celulose

A reciclagem é entendida com o reaproveitamento do papel dito não-funcional para produzir um novo tipo de papel, o papel reciclado. Há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as aparas pré-consumo (recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado consumidor) e o papel usado pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de rua). De um modo geral, o papel reciclado tem propriedades diferentes do papel novo sendo a mais notória delas, a coloração. A aceitação do papel reciclado é crescente, especialmente no mercado corporativo. Vários bancos, por exemplo, usam somente papel reciclado. Esse tipo de papel tem um apelo ecológico, o que faz com que alcance um preço até maior que o material virgem.
Atualmente, observa-se uma tendência mundial para o aumento tanto do consumo de papel reciclado quando da própria atividade de recuperação e reciclagem do papel. Em alguns países, como a China por exemplo, as taxas de consumo de papel reciclado são muito mais elevadas do que a própria atividade de reciclagem. Em outros países, tais como a França, o Japão e os Estados Unidos, a produção de material reciclado chega mesmo a ser superior ao consumo nacional desse material.

No Brasil, os papéis reciclados chegavam a custar 40% a mais que o papel virgem (preços de 2001). Em 2004, os preços estavam quase equivalentes, e o material reciclado custava de 3%a 5% a mais.  A redução dos preços foi possibilitada por ganhos de escala, e pela diminuição da margem média de lucro. Na Europa, o papel reciclado em escala industrial chega a custar até mais barato que o virgem, graças à eficiência na coleta seletiva e ao acesso mais difícil à celulose.



Um grande reciclador de papel. Esse título pode ser dado ao Brasil pelo volume expressivo de recuperação de papeis recicláveis que, após o descarte, são convertidos em novos produtos que retornam para a cadeia de consumo. O esclarecimento da população sobre a preservação do meio ambiente e campanhas que incentivam o descarte adequado e a coleta seletiva têm colaborado fortemente para que a indústria de reciclagem se desenvolva e cresça cada vez mais no País. Em 2011, o consumo aparente de papel no País registrou 9,6 milhões de toneladas e a recuperação de aparas foi de 4,4 milhões de toneladas.

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