A indústria de papel e celulose
apresentou um bom desempenho no período de 1980/95, fundamentado basicamente no
comércio internacional, uma vez que o consumo aparente do país foi incapaz de
absorver todo o crescimento verificado na produção. A produção nacional de
celulose e papel elevou-se de 2,87/3,36 milhões de toneladas em 1980, para
5,44/5,85 milhões de toneladas, em 1995, respectivamente. Em 2007, o país
produziu 9,0 milhões de toneladas de papel e 12 milhões de toneladas de
celulose. Esses números posicionam o país como o sexto maior produtor mundial
de celulose e o 12° maior produtor mundial de papel (BRACELPA,2009).
Reciclagem
de papel e celulose
A reciclagem é entendida com o reaproveitamento
do papel dito não-funcional para produzir um novo tipo de papel, o papel
reciclado. Há duas grandes fontes de papel a se reciclar: as aparas pré-consumo
(recolhidas pelas próprias fábricas antes que o material passe ao mercado
consumidor) e o papel usado pós-consumo (geralmente recolhidas por catadores de
rua). De um modo geral, o papel reciclado tem propriedades diferentes do papel
novo sendo a mais notória delas, a coloração. A aceitação do papel reciclado é
crescente, especialmente no mercado corporativo. Vários bancos, por exemplo,
usam somente papel reciclado. Esse tipo de papel tem um apelo ecológico, o que
faz com que alcance um preço até maior que o material virgem.
Atualmente, observa-se uma tendência
mundial para o aumento tanto do consumo de papel reciclado quando da própria
atividade de recuperação e reciclagem do papel. Em alguns países, como a China
por exemplo, as taxas de consumo de papel reciclado são muito mais elevadas do
que a própria atividade de reciclagem. Em outros países, tais como a França, o
Japão e os Estados Unidos, a produção de material reciclado chega mesmo a ser
superior ao consumo nacional desse material.
No Brasil, os papéis reciclados
chegavam a custar 40% a mais que o papel virgem (preços de 2001). Em 2004, os
preços estavam quase equivalentes, e o material reciclado custava de 3%a 5% a
mais. A redução dos preços foi
possibilitada por ganhos de escala, e pela diminuição da margem média de lucro.
Na Europa, o papel reciclado em escala industrial chega a custar até mais
barato que o virgem, graças à eficiência na coleta seletiva e ao acesso mais
difícil à celulose.
Um grande reciclador de
papel. Esse título pode ser dado ao Brasil pelo volume expressivo de
recuperação de papeis recicláveis que, após o descarte, são convertidos em
novos produtos que retornam para a cadeia de consumo. O esclarecimento da
população sobre a preservação do meio ambiente e campanhas que incentivam o
descarte adequado e a coleta seletiva têm colaborado fortemente para que a
indústria de reciclagem se desenvolva e cresça cada vez mais no País. Em 2011,
o consumo aparente de papel no País registrou 9,6 milhões de toneladas e a
recuperação de aparas foi de 4,4 milhões de toneladas.
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