terça-feira, 11 de novembro de 2014

Produção do Papel


O primeiro passo que deve ser para a produção de papel é o tratamento da madeira, principal matéria-prima, para isso então se deve quebrar as fibras em múltiplas camadas. Então se faz o processo de polpação para à separação das fibras da madeira mediante a utilização de energia química e/ou mecânica. Podendo serem esses processos classificados de acordo com seus rendimentos em polpa ou de acordo com o pH utilizado.

Polpação de Alto Rendimento e Semi-Química

Em meados do século XIX, as invenções sobre desfibramento da madeira, tanto mecânico como químico, possibilitaram sua utilização para a produção de papel e cartão, a qual aumentou, vertiginosamente, com o desenvolvimento industrial.

No Brasil, até pouco tempo, os processos de alto rendimento restringiam-se ao mecânico e quimitermomecânico de pedra, cujas pastas destinam-se quase que exclusivamente à confecção de papel imprensa.

Como processo de obtenção de pastas mecânicas, os principais são:

             Pasta mecânica de pedra;
             Pasta mecânica de desfibrador pressurizado de pedra;
             Pasta quimimecânica de pedra
             Pasta mecânica de desfibrador de disco;
             Pasta quimimecânica de desfibrador de disco

O processo de fabricação de pastas semiquímicas se dá em dois estágios. No primeiro, os cavacos são tratados quimicamente de modo a remover parcialmente as hemiceluloses e a lignina. No segundo estágio, os cavacos ligeiramente amolecidos são submetidos a um tratamento mecânico para separação das fibras.

Os principais processos semiquímicos são:

             Soda a frio
             Sulfito neutro
             Soda a quente

Polpação Química

Os principais processos de polpação química são:

             Polpação química alcalina;
             Processo Kraft ou sulfato;
             Polpação química com sulfitos;
             Processo sulfito com base cálcio;
             Processo sulfito com base sódio;
             Processo sulfito com base magnésio;
             Processo sulfito multiestágio.

Processo Kraft ou Sulfato

Historicamente, o cozimento alcalino iniciou em 1854, através do processo soda. Em 1884, foi patenteado o processo Kraft que, nada mais é do que uma modificação no processo soda, utilizada comercialmente, pela primeira vez em 1885 na Suécia, tomando impulso a partir de 1930 e predominando no mercado até os dias atuais. A palavra “Kraft” é de origem sueca e alemã que significa “força”.

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1 - A principal matéria-prima para a produção de papel são toras de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um descascador e picador, de onde saem na forma de pequenos cavacos (lascas)

2 - Num tanque chamado digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos, como sulfitos. O resultado desse cozimento é chamado de polpa

3 - A polpa passa por um processo de lavagem, em tanques e centrífugas, onde são extraídos os cavacos que não se dissolveram e outras impurezas. Depois, ela é deixada em repouso em outros tanques, numa etapa chamada de branqueamento, para separar a celulose de outros resíduos

4 - Os restos não aproveitados de madeira são queimados em caldeiras e transformados em energia elétrica em turbogeradores a vapor. A energia gerada aqui alimenta o próprio processo de fabricação do papel

5 - A polpa de celulose, ainda com alto teor de água, passa por uma máquina chamada mesa plana, que transforma essa massa úmida em uma grande folha contínua e lisa, pousada sobre uma esteira rolante de feltro

6 - A grande folha, movida pela esteira rolante, passa por rolos de prensagem e secagem com ar quente, que retiram o excesso de água, compactam o papel e alisam a folha. Dependendo do tipo de produto que se quer, ela ainda passa pelo coater (revestidora), um rolo que aplica uma película que protege ou dá brilho ao papel - como no caso do cuchê, por exemplo

7 - Finalmente, a folha passa por um aparelho chamado enroladeira e por rolos de rebobinagem, onde o papel se descola da esteira rolante e forma enormes rolos - ou bobinas -, estando pronto para o corte e o empacotamento.
 

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