O primeiro passo que deve ser para a produção de papel é o tratamento da madeira, principal matéria-prima, para isso então se deve quebrar as fibras em múltiplas camadas. Então se faz o processo de polpação para à separação das fibras da madeira mediante a utilização de energia química e/ou mecânica. Podendo serem esses processos classificados de acordo com seus rendimentos em polpa ou de acordo com o pH utilizado.
Em meados do século XIX, as invenções sobre desfibramento da
madeira, tanto mecânico como químico, possibilitaram sua utilização para a
produção de papel e cartão, a qual aumentou, vertiginosamente, com o
desenvolvimento industrial.
No Brasil, até pouco tempo, os processos de alto rendimento
restringiam-se ao mecânico e quimitermomecânico de pedra, cujas pastas
destinam-se quase que exclusivamente à confecção de papel imprensa.
Como processo de obtenção de pastas mecânicas, os principais
são:
• Pasta
mecânica de pedra;
• Pasta
mecânica de desfibrador pressurizado de pedra;
• Pasta
quimimecânica de pedra
• Pasta
mecânica de desfibrador de disco;
• Pasta
quimimecânica de desfibrador de disco
O processo de fabricação de pastas semiquímicas se dá em
dois estágios. No primeiro, os cavacos são tratados quimicamente de modo a
remover parcialmente as hemiceluloses e a lignina. No segundo estágio, os
cavacos ligeiramente amolecidos são submetidos a um tratamento mecânico para
separação das fibras.
Os principais processos semiquímicos são:
• Soda a
frio
• Sulfito
neutro
• Soda a
quente
Polpação Química
Os principais processos de polpação química são:
• Polpação
química alcalina;
• Processo
Kraft ou sulfato;
• Polpação
química com sulfitos;
• Processo
sulfito com base cálcio;
• Processo
sulfito com base sódio;
• Processo
sulfito com base magnésio;
• Processo
sulfito multiestágio.
Processo Kraft ou Sulfato
Historicamente, o cozimento alcalino iniciou em 1854,
através do processo soda. Em 1884, foi patenteado o processo Kraft que, nada
mais é do que uma modificação no processo soda, utilizada comercialmente, pela
primeira vez em 1885 na Suécia, tomando impulso a partir de 1930 e predominando
no mercado até os dias atuais. A palavra “Kraft” é de origem sueca e alemã que
significa “força”.
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1 - A principal matéria-prima para a produção de papel são
toras de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um
descascador e picador, de onde saem na forma de pequenos cavacos (lascas)
2 - Num tanque chamado digestor, os cavacos são cozidos
dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos, como
sulfitos. O resultado desse cozimento é chamado de polpa
3 - A polpa passa por um processo de lavagem, em tanques e
centrífugas, onde são extraídos os cavacos que não se dissolveram e outras
impurezas. Depois, ela é deixada em repouso em outros tanques, numa etapa
chamada de branqueamento, para separar a celulose de outros resíduos
4 - Os restos não aproveitados de madeira são queimados em
caldeiras e transformados em energia elétrica em turbogeradores a vapor. A
energia gerada aqui alimenta o próprio processo de fabricação do papel
5 - A polpa de celulose, ainda com alto teor de água, passa
por uma máquina chamada mesa plana, que transforma essa massa úmida em uma
grande folha contínua e lisa, pousada sobre uma esteira rolante de feltro
6 - A grande folha, movida pela esteira rolante, passa por
rolos de prensagem e secagem com ar quente, que retiram o excesso de água,
compactam o papel e alisam a folha. Dependendo do tipo de produto que se quer,
ela ainda passa pelo coater (revestidora), um rolo que aplica uma película que
protege ou dá brilho ao papel - como no caso do cuchê, por exemplo
7 - Finalmente, a folha passa por um aparelho chamado
enroladeira e por rolos de rebobinagem, onde o papel se descola da esteira
rolante e forma enormes rolos - ou bobinas -, estando pronto para o corte e o
empacotamento.
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